21/10/22

Um alto-forno de grande porte, com volume interno de pelo menos 4.000 m3, produz mais de 10.000 toneladas ferro-gusa em apenas um dia e, para isto, é alimentado com um uma massa de minério de ferro cerca de 1,6 vezes maior. Nesta escala, qualquer problema de qualidade do minério traz vultosos prejuízos para a empresa siderúrgica e, portanto, é imprescindível a avaliação prévia e controle da qualidade química, física e metalúrgica do minério alimentado.

Para tal avaliação, a quase totalidade das siderúrgicas e dos fornecedores de minérios usam análises e ensaios especificados pelas normas ISO, estas desenvolvidas e periodicamente revisadas (no foro da ISO – International Organization for Standardization) por especialistas das siderúrgicas e das empresas fornecedoras de minérios.

Nesta linha, nos dias 13, 14 e 15 de setembro de 2022 foram realizadas reuniões virtuais do Subcomitê de Ensaios Físicos e Metalúrgicos da ISO para Minério de Ferro (ISO/TC 102/SC 3). Foram discutidos, entre outros, a proposta da Argentina para novo tipo de ensaio de colagem para pelotas destinadas a Processos de Redução Direta, a revisão do ensaio de crepitação e um guia mais detalhado para o ensaio de determinação da umidade limite para o transporte marítimo seguro do minério (TML). Participaram 39 especialistas, representando a África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Egito, Índia, Irã, Japão e Suécia.

A participação das empresas brasileiras de mineração na ISO é necessariamente feita por meio da ABNT, mas é coordenada pelo o Comitê para a Normalização Internacional em Mineração (CONIM), do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).

Reunião internacional para avaliação metalúrgica dos minérios de ferro – crédito: divulgação

Reunião internacional para avaliação metalúrgica dos minérios de ferro – crédito: divulgação